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EXISTENCIAL RECIFENSE



Recife grande, Recife bonito
de cores todas, és possuído
do verde das folhas e do mar
das cores das flores e da terra
do azul do céu e do mar
do concreto gigantesco armado
és tu, ó Recife, ó grande Recife
capital merecida de Pernambuco
dá-me frutos muitos e substanciosos
do que falei e, ainda, do que falar
da lua, do sol e das estrelas
e, também, de todo o firmamento
e da terra, integralmente, terra.
Recife bonito, Recife grande,
de praias vastas de águas salgadas
do frio e do morno de relax puro
dos irmãos gente e dos animais irracionais
de tudo, enfim, teu, ó Recife meu
tudo teu e também meu
e de todos os que assim te vejam.
Recife, ó grande Recife,
voltarei à terra que me viu nascer
mas, levar-te-ei aqui, dentro de mim
não só tu, Recife grande
as tuas coisas bonitas e as contrárias
sendo que as últimas não são por ti
porém, as recebes e as ofertas o nítido
das maravilhas que tens em abundância
a nós, o homem, na real inteligência
do não mergulharmos, inconscientemente,
porque tu, cidade bonita, contagiante,
cresces para melhor te doares
e não para ensurdecer os teus filhos amados.
Eis um exemplo da não insensibilidade
figuro os nomes de duas pessoas entre outras
desfrutantes de ti, Recife grande:
Maria Mirtes Aires de Carvalho
e Luiz Dantas da Silva.


Recife, 07 de novembro de 1982.


(Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, página 72.)


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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 01/05/2008
Alterado em 01/09/2011
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