BALANÇAR DOS CORPOS
Do entregar-me, por querer, e do jogar-me, nos teus braços e do balançar dos nossos corpos num ritmo acelerado de prazer e do esconder do meu rosto em teu corpo revestido inteiramente por espessos cabelos exalantes aromas de inconfundível cheiro a incluir a temperatura que não queima e o adormecer pleno após a forte labuta e do balançar dos nossos corpos e da vontade de uni-los num só e na ânsia fremente do buscar longe e do respirar descompassadamente e das palavras involuntárias à tona e do não saber plenamente do prazer sentido corpos e almas embalados musicados e harmoniosamente dosados no prazer mais fecundo vindo dos céus. Ó Deus! Céus! Firmamento inteiro! Inconfundíveis! Grandiosos! Perenes! Lavai a extensão dos nossos corpos e juntos permaneçam até a morte e após a mesma se juntem à essência maior. Teresina, 20 de julho de 1982. (Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, página 56.) © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 24/04/2008
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