VONTADE FREMENTE
É tanta a vontade de te ver de deixar-me envolver em teus braços de me sentir possuída por tua força de aquecer o meu corpo com o teu corpo de repousar o meu rosto em teu peito de ouvir o pulsar de teu coração de avaliar o toque de tuas mãos de experimentar a sabedoria de teus beijos de sentir o teu corpo por inteiro de mergulhar na essência mais profunda. É tanta a sede e a fome que sinto e a vontade de jogar-me em tua fonte e deixar-me flutuar docemente. Mata-me, pois, esta fome e esta sede alivia-me dos grilhões que me atordoam deixa-me percorrer todo o leito de tua fonte e se não tens condições para tal confessa-me a certeza dessa desventura Irei, pois, à procura de outros ares que possam desintoxicar-me os pulmões. Pulmões, coração, rins, enfim, tudo lado a lado em funcionamento dão-me a vontade de te sentir e o desejo tamanho da procura. Teresina, 23 de março de 1982. (Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, página 36.) © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 16/04/2008
Alterado em 31/01/2011 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |
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