SAUDADE TAMANHA
Saudade imensa que sinto! que me sufoca! que me acelera o respirar. Que me faz triste! que me alegra! que me mata! que me enaltece! que me inquieta! que me acalma! que me empobrece! que me enriquece! Ó saudade tamanha como é o todo meu de te sentir! de te ouvir! de te embalar em meus braços! de te lançar o meu hálito quente! de te tocar: com a minha língua! com as minhas mãos! com os meus dedos! com os meus pés! com o meu corpo inteiro! De te cobrir com os meus beijos! de me esconder nos teus braços! também no todo de teu corpo! De sussurrar nos teus ouvidos! de te massagear a pele! de te fazer criança! Ó saudade tamanha! Como dói!... Ainda assim a quero porque me lembro de ti! Porque esta saudade que sinto não é mais nem menos que tu mesmo. Ó saudade danada que sinto de ti! Já me falta como extravasar tanta ânsia! tanto desejo! tanta vibração! tanta dor! tanta vontade de te ouvir! de te ver! Senhor meu! Enveredai-me pelos vossos caminhos para que a vossa paz me atinja senão, os meus sofrimentos tantos elevar-me-ão ao ponto máximo da minha capacidade humana. Teresina, 15 de agosto de 1981. (Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, páginas 29-30.) © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 13/04/2008
Alterado em 18/01/2011 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |
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