OLHANDO PARA DENTRO DE MIM
Volvo os olhos para bem alto
e vejo a imensidão do infinito Por que não desfrutá-lo, sempre e sempre? Ao deixar-me prender por coisas incertas? Por que meus olhos se desviam? Se tenho tanto onde buscar que me tornaria divina na serenidade que me escapa fundindo-me, parcialmente, o ser. Volvo os olhos e sinto a imensidão da terra tão pequenina e analiso a reflexão que tudo me diz. A verdade é que o turbilhão das coisas me inquieta e me desvia, me desvirtualiza e me rouba a paz por não ter o necessário o mais fundamental! Penso e às vezes faço como se fosse uma mendiga! Senhor, por que tão distante me sinto? Se tão perto tenho a mim mesma? Teresina, 23 de abril de 1979. (Do livro "Arquitetura do Ser", Teresina, 1986, página 25.) © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 12/04/2008
Alterado em 24/11/2010 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |
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