NARIZ Não foi à toa que nasci com nariz... Foi crescendo! Foi crescendo! Um dia, de grande que estava Pelos já setenta anos vividos Foi o primeiro, o único, portanto Que, recebendo impacto, partiu-se. Antes, toda minha massa humana Arremessada foi contra rústico muro, Muro irregular, totalmente sem nível. Os efeitos naturais e sofridos Ficaram alheios à minha vontade Persistindo-os por dias e noites afins Até não mais sentir tais desconfortos. O nariz foi recolocado em seu lugar Sem, contudo, diminuir de tamanho. Teresina, 26 de setembro de 2010. ... ............................................................................................. Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 90). .............................................................................................. © Direitos reservados. Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 02/01/2021
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