É CHUVA QUE CAI Cai a chuva em sua liberdade. Liberdade dos grilhões que nos atordoam, Liberdade necessária de nós mesmos, De nossos semelhantes adversos, Do "encardido" e de sua legião impura. A chuva continua na sua liberdade, Molhando a terra generosamente. E a natureza se enche de júbilo Porque é o próprio bem que acontece. O verde fica muito mais verde ainda, Exala cheiro gostoso da terra, Pássaros festejam com jeitos brejeiros. É a vida que promete continuar. Fico, pois, na sofreguidão do tempo Sem saber se vou ou fico nesta imensidão Ou se uso minhas asas no sobrevoar Para ter que voltar, por força da missão. Batalha - Piauí, 17 de janeiro de 2008. ... ............................................................................................. Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 64). .............................................................................................. © Direitos reservados. Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 14/12/2020
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