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   DONIZETTI ADALTO - O MÁRTIR DA VERDADE



Vejo uma luz quando meus olhos se fecham,
Por mais momentos que assim sejam,
A luz continua no fundo d'alma,
Porque a luz não é humana.
Por isso, continua intensa e acesa.
Não é a exemplo de minha vida,
Que poderá ir-se a qualquer momento.
Disse Donizetti Adalto: " morro e não vejo tudo ",
Eu, porém, digo ao Donizetti Adalto,
Não valeria nada ter que ver tudo,
Aqui, embaixo dos céus, na Terra,
Porquanto, nem a morte lhe chegou com aviso.
Miseráveis, impunes seres trafegam nossos caminhos.
Por que Deus, assim os concebe?
Será que o bom é deixar que os maus
Continuem rindo, tirando-nos a vida?
Por que, Deus, com tanto poder que tens,
Deixas que miseráveis seres continuem
Apagando as velas de nossas vidas?
É verdade que não podem extinguir
As velas que temos em nossos túneis, mais profundos.
Por quê? Porque seres, por demais miseráveis,
Covardes, sem limites, não vão àqueles túneis.
Por que, Deus, não os afoga,
No desespero maior de suas consciências,
Todos àqueles que mataram o Donizetti Adalto?
Outros Donizettis continuam matando.
E Tu, Deus, por que não os extermina rápido,
Senão, poderá faltar a última semente,
Da raça humana que tanto amas!
Não entendo os motivos de deixares a continuidade
De criminosos podres, sem alma, sem brilho algum.



                               Batalha - Piauí, 05 de janeiro de 2007.


 

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Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 49).
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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 27/11/2020
Alterado em 27/11/2020
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