JÉSSICA Não a vejo há alguns dias, Privada sou de seu cheiro bom, Suas palavras, sua beleza, Sua essência milagrosa. Não ouço sequer a sua voz. Tenho faltas tão frementes! Debilitam-me todo o ser, Descompassam o meu coração. Creio, também, lhe faço falta. Atenta fico às possíveis mensagens Senão, as faltas frementes Têm o poder de me parar o coração Sendo mais um corpo, membros, cabeça Desintegrados abaixo dos céus. Persiste a salutar esperança Do cheiro bom, o cheiro de bebê Da afilhada Jéssica, minha neta. Batalha, 28 de janeiro de 2005. ... ............................................................................................. Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 31). .............................................................................................. © Direitos reservados. Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 13/11/2020
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