Porventura é o verde mais bonito do que o azul?
Ou será um azul mais bonito do que o verde?
Impossível a exatidão de qual seja o mais!
É possível dizer o que ambas as cores me dão!
O verde me lança a esperança!
A impetuosidade!
O querer!
O azul, o inverso:
A sublimidade!
A serenidade!
O abandono!
São elementares no meu viver cotidiano,
Na minha alma sensível!
Vibrante!    
Fluente!
Por tudo isto, Senhor,
Agradeço-vos o poder da distinção,
Do contraste provado entre as duas,
Da beleza puramente beleza,
Do celeste terno e da terra quente!

Teresina - Piauí, 31 de janeiro de 2003.

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Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 18).

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