Maninha Miracir, te fito
Maninha Miracir, te fito, como se dormindo estejas Mas qual! É aquele sono eterno Que, para que nesse sono chegasses Muito sofreste, na expressão verdadeira, Foram horas e mais horas Somente dores sem alívio algum Até que nenhum gemido saísse Desprendeu-se o teu espírito da matéria Ficando no todo de teu ser Integralmente belo e jovem A frieza tão fria, sem nada igual. Assisti o teu real calvário Ainda, no auge de tuas dores Forças tiveste para me cobrir de beijos Foste anjo e, sei, continuas sendo. Provaste ser boa, nos teus somente vinte anos Melhor do que eu, tenho certeza. Quedo-me, pois, a reviver momentos Alimento-me de saudades tuas Aguardo, ansiosa, o nosso reencontro Nele, almejo a presença de teu afilhado O Giovanni, o meu primogênito. Desfrutaremos de todas as belezas Belas, mais belas do que as daqui. No decorrer de tua vida terrena Tiveste a pobreza impiedosa Acompanhada de fome física Também, de sofrimento espiritual Querias a felicidade real Para si e para todos nós Mas a incompetência deles foi o marco Da interrupção de tua vida terrena. Batalha – Piauí, 21/12/2009 .............................................................................................. Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Poemas Sem Título para Maria Miracir Aires de Carvalho", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2012 (Páginas 07 e 08). .............................................................................................. © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 18/08/2013
Alterado em 19/08/2013 Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |
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