Atentaste para:

O cair da chuva sobre palhas ou telhas?
O escorrer da chuva pela terra?
As presenças dos trovões e relâmpagos?
A terra molhada e seu cheiro bom?
Os incontáveis pontos luminosos?
O mistério da Lua cheia?
O despertar do Sol e o seu adormecer?
As empilhadas nuvens e, às vezes, dispersas ou ausentes?
Os cânticos balsâmicos dos pássaros?
A tonalidade do verde e a sublimidade do azul?
A extração de frutos da terra bendita?
As grandes árvores, as menores e as menores ainda?
A relva, a bela e esverdeada relva?
O vento acariciante e a sua música inconfundível?
A realidade criança, com sua pureza e espontaneidade?
A beleza acalentadora do Mar?

São tantas as belezas ainda por dizer!


             Batalha (PI), 23 de março de 2000.


             Sentiste, por acaso, tanta força independente de ti? Ou pensas que se abrigando sobre rochas elas não podem desabar? Porventura, és incrédulo e vaidoso? Não vês que a maior força é o Cristo? Para tê-lo, buscas na tua consciência, no exemplo do amor que enaltece e dignifica a vida.



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Do livro “Algumas emoções, dentre tantas, que puderam ser registradas a respeito do meu neto Victor Hugo”, 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2011, páginas 37 e 38.

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