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Fortaleza, 21 de abril de 1999
    
  
  
             Fortaleza, 21 de abril de 1999

             Diante do mar, na Praia do Futuro, na barraca Itapariká, em Fortaleza, no Ceará, em companhia da neta Jéssica e do genro Sérgio, somente hoje é que melhor me encontro. Afora as companhias de meus queridos familiares aqui em Fortaleza, ficando boa parte no Piauí, no Grande Recife e em outros lugares, sempre em divisão sofrida, o mar consegue inundar minha alma e a saudade me visita inteira, dos entes queridos que ficaram. Nada podemos ter completo, abaixo dos céus. A felicidade não é permanente. A dor e a alegria andam lado a lado. É um eterno lutar! Felizmente que nos é prometida a vida eterna, senão, como poderíamos agüentar as inconstâncias das coisas que se nos apresentam?
             Às 09h40m, eu e a Jéssica falamos com o Geraldo, o Giovanni, o Márcio e ficamos satisfeitas com o fato. É bom para aliviar a saudade quando ouvimos as vozes dos nossos queridos parentes, mais próximos. Quisera que a vida não nos proporcionasse tantos desencontros; que estivéssemos sempre juntos e unidos; que tantos sofrimentos experimentados não fossem possíveis e somente as alegrias entrassem em nossas vidas; que o mar existisse em todos os lugares e que ninguém ainda o desconhecesse. Enfim, Jesus, obrigada por todas as emoções que me fazem sentir gente, embora os fatos contrários nada tenham a ver com a Tua missão, pois, uma vez que há desconforto em senti-los, é porque se até o Filho de Deus, que és Tu, os sentiste, imagine nós, pobres pecadores.
             São, exatamente, 10h40m e as nuvens começam a ficar densas para, em seguida, cair a chuva e tanta chuva caiu que nos dirigimos para casa e o mar ficou com suas constantes ondas e sua música inigualável.
             Em casa, em companhia, também, do Victor Hugo, este, por várias vezes, pega o telefone para falar com o avô Geraldo e, como se verdade fosse, fala coisas que se passaram e que sempre se repetia: consertos que os dois ficavam a fazer, nos carrinhos de brinquedos e em outros objetos e muitas outras atividades.


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Do livro “Algumas emoções, dentre tantas, que puderam ser registradas a respeito do meu neto Victor Hugo”, 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2011, páginas 19 e 20.

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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 30/01/2012
Alterado em 31/01/2012
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