Em data fúnebre constato um quadro macabro
Em data fúnebre constato um quadro macabro. Somente reconheci a vítima por ali se encontrar seu filho dedicado. Amigo. Filho prodígio. Soube empregar suas forças, contidas na dor, para dar de si àquela que um dia lhe trouxe ao mundo. O conteúdo desta realidade espetou-me o coração. Analiso o quanto as misérias são presentes. Arrebatam-nos a beleza material. Enfraquecem-nos à morte. Tornam-nos irreconhecíveis. Quanta dor naquela que foi bonita de verdade. Morena de olhos belíssimos e corpo escultural. Punha-se a morrer, em leito hospitalar, tristonha e indefesa. Senhor de bondades incontáveis, que os médicos sejam instrumentos capazes de transmitir a Tua saúde, a Tua sabedoria, a Tua responsabilidade, em nós, que nada somos sem a Tua aquiescência; que semelhantes quadros desapareçam da Terra, quando já se consegue ir à Lua. * * * .............................................................................................. Do livro “Tópicos Emocionais”, parte integrante da coletânea "Passarela de Escritores". Edições Jacurutu. Teresina, 1997, páginas 70 e 71. .............................................................................................. © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 05/01/2012
Alterado em 05/01/2012 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Áudios Relacionados:
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