Novamente na Escolinha do Sinopse . . .
Novamente na Escolinha do Sinopse a Musa Inspiradora e cumprindo, sem me imporem, a incumbência de acompanhá-la diariamente. Adentramos à sala nº 02, sem resistência, porém, querendo-me por perto. A professora Ana Lúcia nos deixa inteiramente à vontade e, gradativamente, a Jéssica se adapta. Após chamada, depois das 7h30min, de forma interessante (geralmente as crianças são conduzidas em forma de trenzinho, entoando uma música com seguinte letra: meu trenzinho, meu trenzinho, desce e sobe, desce, desce e sobe, desce, sem parar, sem parar) – outras músicas, dispersam-se na área destinada ao recreio, onde constam vários brinquedos, as crianças vigoram suas asas e durante quase uma hora ficam em constante atividade. Nós, os adultos, participamos de momentos balsâmicos, repletos das bênçãos do Céu. Em cada criança uma singularidade, um mistério gostoso a ser desvendado, o que não é difícil, porque a pureza própria delas facilita o trabalho profícuo da verdade que constrói. Uma sala composta das seguintes crianças: Jéssica Fernandes Breder, minha neta; Ana Carolina Marques dos Santos, Ana Maria Pereira Tourinho, André Resende Correia Holanda, André Soares Campos de Carvalho, Cecília Nayara Rosa Morais, Elaine Pontes Nogueira, Gisele Valente O. Figueiredo, Ingrid Samara A. de Negreiros, Iasminne Nunes Fortes Antero, José Augusto da Silva Neto, Luana Froz Costa, Lucas Cavalcante V. de Araújo, Marcela Gomes L. de Albuquerque, Maurício Gurjão Bezerra Heleno, Natália de Abreu Vitorino, Paulline Paiva Sousa, Pablo Fillipe Morais da Costa, Paulo Roberto Miura Filho, Tássia Aldenora F. N. Marreiros, Carolina Holanda Victor de Oliveira, Walber Anderson Portela Mendonça e Amanda Meneses de Alencar, sendo assistidos pela professora Ana Lúcia Lapa da Silva. No início, durante uma semana, estive em contato direto com as crianças acima relacionadas, bem como com a Ana Lúcia, a mestra prendada. Deu para avaliar, superficialmente, a maneira de cada uma dessas crianças. A Iasminne é solta, a exemplo de passarinho voando. Sorridente. Amável. Muito se adaptou à Jéssica. Faz questão de oferecer à minha neta um pouco de sua merenda. Menina bonita inteira. Solícita com todos. Continuo a estar com todos eles na merenda e recreio e quando há necessidade de ajudá-los em alguma coisa, como auxiliá-los no banheiro. O Augusto Neto cede a cadeira à Jéssica, beijando-lhe. É um bom menino com todos; A Luana, seus traços fisionômicos lembram-me a Lílian, quando da sua idade. A mesma cor. Morena cor de canela. Às vezes faz beicinho quando acha que alguma coisa não sai a seu contento. Gosta de apetrechos e saias rodadas. Pinta-se. A Ana Maria é muito inquieta. Ensinamos-lhe a esperar a sua vez e ceder lugares. A mesma e a Jéssica não se ajustaram no início, o que foi satisfatoriamente superado. Hoje são boas amigas e Ana Maria está compreensiva, serena e sempre junta à Jéssica; o Walber é sensivelmente inquieto. Até rezo muito por ele. Não é totalmente terrível, mas é por demais inquieto, como disse. Gosta de andar sem camisa. A Gisele é outra criança bastante inquieta. Gosta também de tirar a blusa e fugir da turma. As outras crianças têm as suas particularidades e as graças a exemplo de botões desabrochantes, todas elas. A experiência sentida é terapia real. São descobertas maravilhosas e cheias das graças celestiais. Sabemos que as crianças, quando orientadas devidamente, tornam-se adultos responsáveis e fiéis, principalmente quando convivem com pessoas equilibradas e justas, bem como comprovam que os seus pais se amam e se respeitam. Eis dois depoimentos de duas garotas, chamadas Isabele e Priscila. Chegaram-se a mim e me perguntaram: - Que tal falarmos sobre a família? Perguntei-lhes: - O que acham dos seus pais? Responderam-me quase iguais: - São nossos melhores amigos. Perguntei-lhes: Por quê? - Porque se amam, responderam-me! Vejam a segurança que o amor oferece. São, por conseguinte, duas garotas graciosas e sorrisos abertos. Sempre me cumprimentam e, às vezes, vêm aonde estou. Já a Mônica, garota quase na mesma idade das duas acima citadas, disse-me certa vez que ser criança é ruim, porque não trabalha para ganhar dinheiro, mas ela vai crescer e ser independente. Disse-lhe: - Mônica, é bom ser criança, pois elas são alegrias constantes do Grande Pai. Insistiu a Mônica: - É ruim ser criança, pois nos tiram toda a liberdade. Os adultos são enjoados e mandões, disse a Mônica. Sempre conversamos e espero que o seu coração seja curado, compreendido, respeitado e amado. * * * .............................................................................................. Do livro “Jéssica, Minha Neta”, Edição da autora, Teresina, Gráfica e Editora Júnior Ltda.,1995, páginas 32, 33 e 34. .............................................................................................. © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 16/04/2011
Alterado em 16/04/2011 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |
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