Sempre temos ido brincar com os pombos residentes na praça da Bandeira, próxima ao Mercado Central. São grãos que escorregam dos dedos delicados e pueris para aquelas aves formosas e saltitantes. Asas batem para irem e retornarem. Risos e brilhos nos olhos angelicais de minha neta. E a “mimosa Jéssica”, como diz o grande intelectual Tito Filho. Jéssica oferece o melhor espetáculo. Em uma dessas ocasiões é que foi criado: BATER DE ASAS – Verdadeiro bater de asas, / Aves belas, pombos mais, / Amam-se com simplicidade. / Fazem belíssima festa, / Multiplicam-se harmoniosamente. / Repousam nas árvores amigas, / Ganham seus gratuitos verdes, / Acobertados pelo azul celeste. / E a “mimosa Jéssica”, minha neta, / Complementação deste belo quadro. / Lembranças, fluem-me inúmeras, / Da casa grande coberta de telhas, / feita por homens escravos... / Quando menina chegando a moça, / Escolhia espaços para sonhar, / Avaliando a realidade dos pássaros, / Dos animais em variedade, / De todo existencial natural, / Do nadar de todos os dias / Na bela e aconchegante lagoa, / Do correr solta pelos campos, / Das fluídicas amizades, / De tantas belezas afins. / Lembranças e saudades em sintonia, / Ganho asas e na amplitude vou / E só volto porque me é imposto.



                                       * * *

..............................................................................................

Do livro “Jéssica, Minha Neta”, Edição da autora, Teresina, Gráfica e Editora Júnior Ltda.,1995, página 27.

..............................................................................................

© Direitos reservados.