Governador decreta luto pela morte de Arimathéa Tito Filho


O presidente da Academia Piauiense de Letras, professor Arimathéa Tito Filho, morreu ontem de insuficiência respiratória, depois de estar doente há vários dias. Escritor com um grande número de obras publicadas, A. Tito Filho foi um profundo conhecedor da história de Teresina, tendo proferido inúmeras palestras sobre a cidade.

… [ Fotografia de ] A Tito Filho …

FREITAS LAMENTA – O governador Freitas Neto disse ontem no final da tarde que o Piauí fica sem uma de suas maiores expressões na área da educação e da cultura, com a morte do professor Arimathéa Tito Filho. “O professor Tito Filho é uma parte da história do nosso Estado, sobretudo no setor educacional”, frisou o governador, lembrando de importantes cargos ocupados pelo ex-presidente da Academia Piauiense de Letras, tais como a direção do Liceu, da Faculdade de Filosofia, a Secretaria de Educação, e a da Cultura. Logo após tomar conhecimento da morte de Tito Filho, o governador Freitas Neto assinou decreto de luto oficial por três dias, em todo o Estado. “O Piauí deve muito a Tito Filho”, disse o governador, lembrando que até a função de delegado de Polícia foi desempenhada pelo professor. Além disso, acrescentou Freitas Neto, “a sua obra literária resgata aspectos singulares da história de nossa gente, inclusive fragmentos da trajetória e do folclore político piauiense”. Para o governador, o mais importante na vida de Tito Filho é que ele sempre procurou participar de seu tempo, contribuindo com suas idéias e ideais para o aperfeiçoamento da sociedade piauiense. “Ele foi seguramente um homem que viveu intensamente. Ninguém pode dizer que o tempo passou à sua frente. Tito Filho não viu a vida da janela. Não. Ele desceu para a rua, participou, influiu e até redirecionou os rumos dos acontecimentos”, ressaltou.


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Do livro “Correspondências de A. Tito Filho para Francisca Miriam”, Edição da autora, Teresina, Gráfica e Editora Júnior Ltda.,1995, páginas 16 e 17.

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