VOZ MAVIOSA
Voz maviosa de timbre forte Embalos flutuantes me levaram Ao cume fantástico do sentir Matéria e espírito separaram-se E multiplicadas foram as sensações Justamente pela capacidade do afastar Porque há momentos em que a matéria só pesa E pesa tanto que morre, precocemente. E são tantas as mortes, os fins Sim, porque morte é fim Mas não o fim definitivo Para quem sente matéria e espírito. A voz que se foi não sei para aonde Ou sei e tenho que não ouví-la? Ou não quero ter que buscá-la? A voz que foi, mecanicamente, gravada A voz que surgiu, por um acaso, A voz de quem não teve a suprema glória Da percepção sagaz da plenitude infinita. Restam-me seus fluidos vocais e energizantes Porém, até quando ficar-me-ão? Não sei, só o tempo dirá!... ............................................................................................. Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 50. .............................................................................................. © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 04/01/2011
Alterado em 09/10/2012 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |
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