ESTRANHO SENTIR
Estranho sentir cinge-me o peito É como só de miragem eu vivesse E como sendo miragem fosses um anjo A bater suas asas sobre mim. Estranho é este meu sentir intenso Que, como vulcão, ferve-me o ser. Acalento-te como se órfão fosses E de amor só o meu te restasse E o que pensas de tudo isso, ó criança minha? Leio nos teus olhos mensagens belas Como a dizer-me que de mim gostas E por que paramos no tempo e no espaço E ficamos como se dois prisioneiros fôssemos A pagar por culpas que não temos? Não me escapa o teu medo estampado Lado a lado com as tuas mensagens Ficas, pois, de mim a esconder-te Como se de amor eu venha a matar-te Não será melhor morrer por excesso A morrer por falta de amor? Vem, morramos, pois, de amor unidos É melhor que estar a morrer em separado. ............................................................................................. Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 45. .............................................................................................. © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 31/12/2010
Alterado em 04/09/2012 Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |
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