VERDADE CONTIDA
Tenho sentido a tua ausência Dói toda a extensão do meu corpo Alvo sou de vasto sentimento Que dá vazão aos meus fortes ímpetos. Quase sempre me lembro de ti No meu caminhar árduo e diário Na execução do meu comum trabalho Tens sido uma constante razão. Reclamo tua criança bonita Portadora de uns olhos marotos Dona de um sorriso magnético Possuída de palavras embargadas Atenta, quero decifrar o resto. É tão forte a sensação que sinto Da falta acentuada que me fazes Que vezes o sono me despreza Ou então sonhos diversos me sobressaltam Pondo-me presa como se só um animal fosse. Tento dominar as barreiras malditas Que teimam em me fazer sofrida. Passam os dias e as suas noites E fico preenchida dessa falta. Vem, não desperdicemos o tempo Fiquemos protegidos e embalados Reciprocamente nos quatro braços amigos. ............................................................................................. Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 34. .............................................................................................. © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 13/12/2010
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