MORTE LENTA
Meu bravo Rio Parnaíba A tua morte lenta é visível Insensível àqueles homens Que te poderiam evitar De tão amargo cálice. Calados ficam aos apelos Desta que, contigo, morre. Quanta sabedoria tecnológica De que vale se, desprovidos são Da vontade, do querer, do amor. Voltam-se para si próprios Iludidos de que a si bastam. Existe um porém, meu Bravo, Não nos matam a essência. Dado esse real descaso Temo que a morrer também venha O teu existente canal. A indiferença é pior que o ódio. Nela, inexiste sentimento. ............................................................................................. Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 33. .............................................................................................. © Direitos reservados.
Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 12/12/2010
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